sexta-feira, 1 de março de 2013


Sinais de amor


A seção Retratos de Vida, do Diário Gaúcho do final de semana, conta a linda história Geruza Barbieri Pasternak, 32 anos. Mãe de um menino surdo, Abner Pasternak da Silva, hoje com 11 anos, ela aprendeu que o amor não precisa de palavras. O relato dos desafios e conquistas de Geruza e o marido, Alexsandro, 32 anos, para que a língua dos sinais ajudasse na vida do menino, é hoje um exemplo para outras famílias com filhos surdos.





Geruza é mãe de um menino surdo



Sua história de vida não seguiu o padrão normal. Quis uma força maior que a moradora de Gravataí mudasse o propósito de seus dias, quando Abner Pasternak da Silva, hoje com 11 anos, veio ao mundo. Surdo, ele mostrou para a mãe que, de mãos dadas, poderiam aprender juntos a arte de se comunicar com gestos.
Nascida em Guaíba, Geruza conheceu Alexsandro Silva da Silva, hoje com 32 anos, com quem se casou um ano e meio antes de Abner nascer. A vida estava bem encaminhada. Ela estudava Psicologia. Ele atuava como designer gráfico. Decidiram que era hora de botar no mundo o primeiro herdeiro.
Sensação de luto veio em seguida à notícia
Quando o menino tinha dois anos e já estava na escolinha, perceberam que ele não reagia à música como os outros coleguinhas. Sugeriram exames. Geruza não queria, temia pelo pior.
Constatada a surdez do seu pequeno, veio o luto.
– A gente entra em choque e acha que a culpa pelo que está acontecendo é de quem levantou a suspeita – lembra Geruza, que abandonou os estudos.
Na época, Alex teve mais força e mostrou para a mulher que tudo aquilo deveria ter um bom motivo. E ela entendeu. Geruza largou tudo e aprendeu a língua dos sinais (Libras) para ajudar Abner, que já estava estudando em uma escola própria para o seu caso.
Evangélica, a família sempre fez questão de levá-lo à igreja Assembleia de Deus. E a mãe traduzia tudo em sinais para Abner.
– Quando percebi, tinha vários surdos à minha volta. Decidimos que era hora de fazer alguma coisa – conta a mãe.
"Ele é uma bênção na nossa vida"
Em junho de 2004, o casal fundou o Libras com Propósito, um projeto dentro da igreja, que orienta casais na mesma situação. Hoje, dão cursos e palestras pelo Brasil e Argentina.
– Do limão fizemos uma limonada. Ele é uma bênção na nossa vida – sorri Alex.
Em função do trabalho voluntário que faz na igreja, Geruza foi convidada, há três anos, a trabalhar como tradutora na Ulbra e auxilia universitários surdos em sala de aula.
A mudança para Gravataí, já com o outro filho, Adiel, quatro anos, aconteceu para auxiliar a comunidade surda, que é grande no município. E, junto com Abner e o brilhante par de olhos azuis que o sorridente menino carrega, nasceu uma sementinha, que cresceu e gerou frutos valiosos.
Geruza é mãe de um menino surdo Carlos Macedo/Especial








Prova do Prolibras para estudar:



1.    Prova objetiva – assistir vídeo, escolher alternativa na prova escrita e marcar folha de resposta: 2006200720082009 e 2010.

2.    História da educação de surdos no Brasil e no mundo.

3.    Datilologia

4.    Configuração de mãos.

5.    Classificadores.

6.    Educação bilíngue para surdos.

7.    Comunicação com surdos

8.    Interprete de LIBRAS

9.    Cultura Surda

10. Cinco parâmetros

11. Números

12. Sinais compostos

13.  Negação em LIBRAS

14. Lei nº 10.098 de 19 de dezembro de 2000.

15. Decreto nº 5.296, de 02 de dezembro de 2004.

16. Esta portaria obriga as escolas a manter um intérprete em
 sala de aula no ensino superior. Portaria nº 1679 de 02 de 
dezembro de 1990

      17. Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069 de 13 de
 julho de 1990.

18. Fundador de Feneis:

Em 1977 foi fundada a Federação Nacional de Educação e 
Integração dos Deficientes Auditivos - Fenei da. Entretanto a 
representatividade dos surdos estava comprometida, pois a 
nova entidade era composta apenas por pessoas ouvintes.
Em 16 de maio de 1987, em Assembleia Geral, a nova diretoria
e estruturou o estatuto da instituição, que passou a se 
chamar Federação Nacional de Educação e Integração dos 
Surdos - Feneis.

19. Fundador de CDBS:

1994 - Foi fundada a CBDS, Confederação Brasileira de 
desportos de Surdos, em São Paulo – Brasil.

20. 1996 - Lei Municipal N° 7.857 (30/09/1996) – Porto Alegre. 
A Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou a lei e a língua 
de sinais oficializada.

21. 1999 - Lei Estadual N° 11.405 (31/12/1999) – Rio Grande 
do Sul. O governo do Estado do Rio Grande do Sul aprovou 
essa lei que reconhece a Libras como meio de 
comunicação para os surdos.

22. 2002 - Lei Federal N° 10.436 (24/04/2002) – Brasil. Essa lei
 oficializou a Libras no Brasil.

23. 2005 – Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro, 
Libras é Língua Brasileira de Sinais.

24.  2006 – Curso de Graduação em Letras/libras, com a 
coordenação da Universidade Federal de Santa 
Catarina e com a participação de 9 (nove) pólos, 
situados em diferentes estados brasileiros.

25. 2008 – Curso de graduação em Letras/Libras, l
icenciatura e bacharelado, coordenado pela Universidade 
Federal de Santa Catarina, sendo a UFRGS em Porto Alegre, 
um dos pólos. No total há 15 pólos, em diferentes cidades
 brasileiras.

26. Fundador do INES:

No Império de D. Pedro II, em 1857, o professor francês 
Hernest Huet veio para o Brasil fundar a primeira escola 
para meninos surdos de nosso país, a Imperial Instituto de 
Surdos Mudos, hoje Instituto Nacional de Educação de 
Surdos (INES).

  27. Lei de Interprete de LIBRAS:

Lei nº 12.319 de 1 de setembro de 2010

28. A lei que dez anos atrás reconheceu a língua de sinais no 
Brasil serviu de alicerce para uma série de políticas públicas.

29. O mesmo decreto de 2005 estabeleceu que os cursos de 
formação de professores (pedagogia, letras, matemática etc.) 
e os de fonoaudiologia, tanto públicos quanto privados, devem 
incluir lições de Libras em suas grades curriculares.

30.  Movimento de setembro azul:

O Setembro Azul pode ser entendido como o marco fundamental 
no que diz respeito à mobilização nacional  na defesa das escolas 
bilíngüe para surdos, o Setembro Azul é um movimento social motivada 
por uma critica à atual política de educação especial que tem como
prioridade o modelo da inclusão, ou seja, colocar os Surdos em escolas 
regulares e posteriormente o fechamento das escolas especiais.
Ocorreram dois eventos que motivaram o movimento que são o “equivoco 
na elaboração do Plano Nacional de Educação pelo CONAE” e o “Risco de 
Fechamento do INES”, resultaram em uma mobilização nacional de 
caravanas que se encontraram em Brasília entre os dias 19 e 20 de maio
 de 2011, e foi no mesmo tempo que a FENEIS elaborou a carta na qual 
se mostrava favorável à Educação Bilíngüe para os Surdos e uma critica 
forte à dita inclusão escolar solicitando uma equiparação entre 
Educação de Surdos e a Educação Indígena.